quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Escolhas Perdidas em meio a Timidas Explosões

Após muitos anos, passei o Natal e o Réveillon no Rio, com a família. Conhecia os meandros nada agradáveis de outros tempos: canícula infernal, as ruas apinhadas de turistas (nacionais e internacionais), transporte público digno de uma cena de “Duro de Matar”, cobranças de familiares, as mesmas perguntas sobre a minha vida, a nova avalanche de perguntas acerca da separação, e por aí vai. Serviu para esfriar a cabeça e juntar material para textos, desenhos e demais projetos. A ex ficou em Brasília, de pois foi passar as festas em Gramado e demais cidades do Sul.
Eu tinha algumas escolhas para o réveillon. Passar no apartamento do meu primo, me embebedar e falar besteira; passar com a família, no apartamento de frente para o canal do Jardim de Alah, não me embebedar, dormir cedo e ter sonhos molhados; ou ir para uma festa em um triplex no Humaitá, apartamento de gente desconhecida, três festas em uma, três ambientes com três D.J.s, comida e bebida liberada, possibilidade de mulheres fáceis e bêbadas, eu bêbado, e sabe-se lá o que mais o Destino jogasse nas minhas mãos.
Acabei escolhendo a terceira opção. E olha que titubeei. Se não fosse uma decisão amiga, na certa ficaria em casa, pensando besteira, invejando meio mundo e imaginando como seria o meu réveillon perfeito. Mas eu já estava de saco cheio desse esquema. Era meu primeiro réveillon na condição de divorciado, catzo! Depois disso, seria outro esquema, tão ou mais certinho quanto o anterior.
A festa foi decente. Eu me diverti muito em meio a pessoas que se divertiram. Eu não conhecia quase ninguém e quase ninguém me conhecia. Isto é o que eu chamo de equilíbrio.