quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Um pé na bunda cadavérica de Gustav Klimt

A ex adora Gustav Klimt. Especialmente um quadro intitulado “O Beijo”, executado entre os anos de 1907 e 1908, e cujos modelos foram ninguém menos que o próprio Klimt e uma de suas amantes. De minha parte, acho que o quadro em questão não figura entre os melhores do pintor. Mas isso não interessa. O que interessa é que lá em casa existem uns quatro ou cinco livros sobre a obra de Klimt, além de uma reprodução devidamente emoldurada – do tal do “beijo” – que decorava a cama de casal. Isso tudo vai se mandar daqui de casa. Sai Klimt e entra Moebius. Sai Klimt e entram os cartazes do AC/DC, do Monty Python e do Karl Blossfeldt. Se bobear, coloco o cartaz original da guerra nipo-russa de 1905. Raridade, ainda mais em se tratando de um cartaz cuja notícia – uma bela peça de propaganda – é a derrota da marinha japonesa frente aos encouraçados czaristas (foi exatamente o contrário...). Não deixaria de ser simbólico.

Meu Reino por um Cinzeiro

Minha ex deu a péssima notícia de que o advogado que cuidaria dos papéis do nosso divórcio cobraria 3000 reais para fazê-lo. Com 3000 reais, eu contrato cem imigrantes paraguaios para transformar o dito advogado em jantar ao som de Danko Jones e Chicago. Fico sem divórcio, mas pelo menos dou umas risadas. Isso me faz lembrar daquela piada de como você faz com que 100 advogados caibam em um cinzeiro. Deixa pra lá. Essa burocracia bem que podia dar uma trégua. Para casar, você paga menos de 100 paus, mas para divorciar você paga os olhos da cara (se bobear, mais que isso...). Devia ter algum sistema eletrônico que possibilitasse a oficialização do divórcio com apenas um toque de botão, ou algum disque-divórcio, algo assim.
Dias depois, minha ex anunciou a boa nova. Ela encontrou uma advogada que cuidaria da papelada por 1000 mangos. Aí dá pra negociar. Vamos até pagar em duas vezes, sem juros.