sábado, 15 de agosto de 2009

Saudade Esquizóide (parte I)

Não sei se é algo passageiro. O fato é que, a princípio, existe um certo contrato invisível após o clímax; pequenos arranjos, discretos sorrisos e um acordo entre amigos que simpatizam um com o outro – uma amizade recente, de poucas horas, é verdade, mas algo sincero assim mesmo.
Pouco mais de um mês se passa, e surge uma dúvida diferente. Raiva de ter ficado sem graça. Raiva por não ter proferido as palavras certas. E preguiça por não ter tempo de largar o conforto da praticidade e da comodidade viciosa. Ok, nada de drama à la Doutor Zhivago. Até porque o início de toda essa história é tão emocionante – digno de um bom Hitchcock – que não ficaria surpreso se a trama revelasse mais um capítulo com dois protagonistas que sequer sabem o que os aguarda na próxima esquina.