sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Asfalto Noturno (algo curto e grosso para os entendidos...)

O taxista tinha um bafo podre e o interior do veículo – seus bancos, seu cinzeiro, seu rádio, seu porta-luvas, seu tudo – exalava um fedor de maconha a ponto de eu me perguntar se minha sorte estava REALMENTE mudando assim que os primeiros e inconfundíveis acordes de "You’re The Inspiration", do Chicago, invadiram o tenebroso ambiente móvel.
Se chegasse em casa inteiro, me daria por satisfeito.

Teresópolis was a No Go...

Fui pego de surpresa. Uma proposta de fim de semana em Teresópolis. Casais de amigos, música, comida, bebida e boa conversa; ou pelo menos essa era a proposta. Respondi que iria pensar. Fui à PUC, peguei um trânsito infernal e, quando voltei pra casa, respondi que não iria, dando a velha desculpa do "valeu, mas acho que vou ficar por aqui...". Certamente não foi a melhor das desculpas. Mas convenhamos: não iria segurar três velas no topo de uma montanha. Não iria ouvir conselhos entre uma e outra piada. Não iria fazer os mesmos planos afoitos e entusiasmados de reencontros, reuniões, viagens e festas de réveillon.
Preferi ficar em Pitboyland, continuar minhas "coisas", dar uma passada no Empório e assistir a filmes antigos. E assim foi, meus amiguinhos. No fim de semana em questão, resolvi assuntos pendentes, me embebedei no mais famoso bar da rua Maria Quitéria e quase queimei minhas retinas ao longo de um festival de clássicos estrelados por Bogart, Bacall, Veidt, Tracy e Astaire.
Os prazeres de Teresópolis ficariam para depois.