quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Queime o Éden por nós, Lux!!!

Noite de Beirute abarrotado de gente esquisita. Sentados no meio da fuzarca, eu e El Brujo já estamos na sétima Original. Qualquer ameaça externa será repelida na base do tapão na mesa e do xingamento à la Toshiro Mifune. Não é uma noite como as outras. Mais um ícone do rock bateu as botas, e estamos tristes. Por que diabos essa vida se livra dos melhores, e teima em deixar a corja – políticos, publicitários, apresentadores, âncoras, entre outros – curtindo na base da sombra e da água fresca? Com a morte de Lux Interior, vocalista do The Cramps, estamos, eu e El Brujo, mais uma vez órfãos. Ficamos órfãos umas três ou quatro vezes por ano, e, à medida que os anos passam, essa proporção de morte desnecessária só cresce. Com Lux, entretanto, o baque é mais forte. Adeus mistura de ficção científica, fetiches, sexo e rockabilly em uma única forma de arte. Adeus Lux introduzindo um clip dos Ramones. Adeus Lux lambendo o salto-alto de Poison Ivy enquanto esta atira riffs tal qual atiradora caolha de canivetes envenenados. Encolhedores de cabeças do mundo, uni-vos e chorai!

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