segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Final de Semana: um espécime em extinção

No sábado, levanto cedo e vou fazer compras no Pão-de-Açucar. A ex vai ao Ceasa comprar brócolis, manga, aspargos, couve-flor, alface e alcachofra. Quando não tem almoço nos ex-sogros (dos quais não participo há algumas semanas), almoçamos juntos em casa. Ela cozinha, eu abro a cerveja e o pacote de Ruffles. Lá fora, os cães ladram afoitos sob um sol de 33 graus e uma umidade de 18%. Após o almoço, ela sai e eu faço minhas coisas (i.e. textos, arrumações, broncas). À noite, ela sai com as amigas e eu, se bobear, saio com alguém que não tem nada a fazer e que quer tomar cerveja ou falar de música. Ou então assisto a algum filme de terror dos bons na companhia de um sanduíche entope-artéria e um suco de maracujá.
No domingo, ela sai para caminhar e correr. Eu fico em casa e escrevo. Almoçamos fora ou pedimos algo. Vemos “Betty, a Feia” ou “Samantha Who”. Ela vai tirar um cochilo. Eu volto pros textos e pra papelada. A família telefona. Minha barriga dói pois comi muito. Ela sai com as amigas: cinema, cafezinho, papo de mulher. Eu fico escutando música, tomando Schweppes (o amarelo, com quinino) e desenhando. A noite cai sobre Hardcore Brasília e eu fico com a sensação de que aproveitei mal meu final de semana, mesmo se esses dois dias não diferem muito dos outros cinco.
Final de semana é um bicho exótico.

Nenhum comentário: